ERA UMA VEZ...COSIPA

A Companhia Siderúrgica Paulista – Cosipa foi privatizada passando a pertencer ao Grupo Usiminas, mesmo assim continuou utilizando a marca Cosipa. A Usiminas recentemente resolveu trocar a denominação da empresa de Cosipa para Usiminas – Usina de Cubatão. Mudança que indiretamente mexe com as lembranças de boa parte da população cubatense, pois quem nesses anos todos já não trabalhou na empresa ou teve algum parente que já trabalhou. Mesmo sendo a mudança oficial já há algum tempo, as pessoas continuam com o nome Cosipa na memória e a maior prova disso são os coletivos que continuam com o itinerário Cubatão – Cosipa ou simplesmente Cosipa.
Os próprios funcionários se esforçam para não citar o nome Cosipa, mas acabam se traindo, como foi o caso do assessor de relações institucionais da Usiminas, Delson de Miranda Tolentino, durante o Megapólo (evento empresarial realizado pela A Tribuna), onde citou várias vezes o nome Cosipa e chegou até a se desculpar. As piadas de cosipano também irão ficar na história, como aquela de chamar os ônibus da Breda que fazem o transporte dos funcionários de “cata corno”, por causa da maioria trabalhar de turno. Pessoas ligadas à empresa informam que os uniformes também estão sendo substituídos aos poucos, porém o nome Cosipa continuará eterno na memória dos cubatenses, pois a história da cidade está diretamente ligada a da empresa, seja de forma positiva ou negativa.

REVIRAVOLTA, MANTEM SESSÃO DA CÂMARA AS 18 HORAS

O que parecia definido em relação a mudança do horário da sessão da Câmara de Cubatão das 18 h para às 15 h votada na última sessão (31/03), acabou tendo uma reviravolta. A votação mesmo tendo sido favorável a mudança por 5 votos a 4, não poderia ter acontecido como afirmou na ocasião o vereador petista, professor Wellinton, tendo como justificativa o artigo Nº 70 do Regimento Interno da Casa, onde consta que esse tipo de votação só poderia ocorrer com a presença da maioria dos vereadores, ou seja, os onze. O projeto que previa a mudança só passaria se tivesse a metade mais um dos votos do total absoluto do vereadores, o que dá um total de 6 votos, fato que não ocorreu.
O novo horário chegou a se publicado no site oficial da Câmara com o título “Decisão”, mas persistência do vereador acabou surtindo efeito, já que logo no início da sessão de hoje (07/04), o presidente da Câmara, vereador Alemão, anunciou que o projeto seria arquivado. A grande ironia é que a vereadora Nêga Pieruzzi, que teve que se ausentar devido a compromisso políticos, votaria a favor da mudança, segundo o seu filho o advogado Luiz Pieruzzi, o que somaria os 6 votos necessários. Muitos dos vereadores que queriam a mudança estavam com cara de decepção, menos o vereador Geraldo Guedes que até sorriu. O mais abatido aparentemente era o vereador Donizetti, autor do requerimento solicitando a mudança. No final já com a maioria dos vereadores se retirando, o vereador Wellington fez uso da palavra e pediu ao presidente que fosse registrado nos anais da Câmara, que ele não havia blefado ao se referir ao regimento e completou: “Eu espero senhor presidente que nenhum vereador reapresente o projeto que impessa o povo de freqüentar essa casa”. E como já é de costume foi bastante aplaudido.

A CERCA DA DISCÓRDIA

O descontentamento causado pelo início da colocação de uma cerca formada por toras em torno da linha de ferro próxima ao Bairro Costa Muniz, desencadeou uma grande manifestação por parte dos moradores da comunidade e alguns simpatizantes na madrugada de sexta (03/04) para sábado. A confusão que culminou com o incêndio de um ônibus escolar, além do confronto entre os manifestantes com a tropa de choque da Polícia Militar, que chegou a disparar balas de borracha para dispersar a multidão, poderia ter tido conseqüências mais graves. Houve também um grande congestionamento, pois ao lado do local fica o acesso de quem vai pela Avenida Martins Fontes para pegar a Rodovia Anchieta, que chegou a ficar horas interditado até para quem se dirigia para os bairros próximo como Vila Natal ou Vila Esperança. Próximo do local onde o veículo foi incendiado se encontravam fios da rede elétrica e imóveis comerciais e residenciais, o que poderia ter dado um final mais trágico à manifestação.
A revolta dos moradores foi devido a impressão que muitos tiveram, de que ficariam isolados pela cerca e reivindicaram a construção de passarelas. A empresa América latina Logística, concessionária do transporte ferroviário informou que já haviam sido feitas reuniões com as autoridades do município, assim como com as entidades de moradores das proximidades e todos haviam concordado com a obra. A situação foi totalmente controlada pelos policiais e até o trânsito voltou à sua normalidade. Prefeita e secretários se reuniram nesse sábado (04/04) para buscar uma solução para o impasse.

ARGENTINA ESTRAGA O 1º DE ABRIL

A notícia que a seleção argentina teria sido goleada pela Bolívia em La Paz pelo vergonhoso placar de 6 a 1, dita no 1º de Abril soou como piada tamanha a surpresa que causou. Fico imaginando a pessoa falando para outra: “soube que a Argentina tomou 6 da Bolívia”. Em seguida tendo que ouvir o outro responder de forma hilária: “isso é 1º de Abril, pois onde o saco de pancada que é o time boliviano iria golear a seleção de Leonel Messi e companhia, além do mais comandada pelo eterno ídolo (quase um deus para os argentinos), Diego Armando Maradona”.
Só que o espanto acontece mesmo quando se descobre que embora o jogo tenha acontecido no Dia da Mentira, o placar foi verdadeiro. O pior de tudo é que essa é a maior goleada já sofrida pela seleção Argentina na história das eliminatórias para a copa. Tudo indica que foi praga do desertor Juan Riquelme, que largou a seleção após ter recebido uma crítica de Maradona sobre o seu posicionamento dentro de campo. Agora não pensemos nós brasileiros que se estivéssemos no lugar da Argentina, isso não teria acontecido. Talvez não, pois temos no gol da seleção um dos melhores goleiros do mundo na atualidade, São Júlio César. 1º de Abril...Dia da Mentira....os argentinos gostariam que fosse, pois nesse caso a verdade dói e como dói. Essa data pode passar a ser conhecida na Argentina e em território boliviano como “O massacre de La Paz”.

CÂMARA IGNORA APELO POPULAR E MUDA HORARIO DE SESSÃO

Por 5 votos a 4 é mudado o horário inicial da sessão da Câmara das 18 h para às 15 h que continua sendo às terças-feiras. O autor do requerimento solicitando a mudança foi o vereador Donizete que curiosamente integra o grupo que apoia o Executivo. Os vereadores contrários foram Billa (PT), Dedinho (PSB), Paulo Tito (PT) e Professor Wellingthon (PT) e os cinco que votaram a favor foram Donizete (PR), Geraldo Guedes (PR), Doda (PDT), Tucla (PDT) e Bigode (PP). A vereadora Nega Pieruzzi (PT) que se encontrava presente antes do início da votação se retirou.
Houve bastante tumulto por parte do público que compareceu ao local e durante o pronunciamento dos vereadores alguns insistiam em se manifestar. A situação esquentou quando o presidente anunciou o início da discussão do requerimento que alteraria o regimento interno da casa. Teve um princípio de tumulto que obrigou o presidente a interromper os trabalhos por 10 minutos e teve até objetos atirados nos edis como um aparelho de barbear seguido de um princípio de apitaço. Foi solicitada a presença da polícia que rapidamente compareceu ao local recompondo a ordem na casa.
Apesar das várias tentativas dos vereadores do chamado grupo de apoio em tentar convencer aos outros colegas a não votarem a favor, como foi o caso do vereador Wellington que alegou que o requerimento só poderia ser aprovado por 6 votos, fato que não ocorreu, mas acabou contrariado pela assessoria jurídica da casa. Os vereadores da situação classificaram o resultado final como uma forma de cerceamento da liberdade do público de participarem da sessão, mas não teve jeito e o horário da sessão voltará a ser às 15 h.